Sindicato repudia decisão do BC de manter país com a mais alta taxa básica de juros do mundo

Imagem: Comunicação Sindicato dos Bancários de Ipatinga

Em um momento em que o Brasil se encontra com a economia desacelerada por herança de decisões do governo anterior, que resultaram no aumento do desemprego e na volta do país ao Mapa da Fome, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,75% – a mais alta do mundo.

A decisão, que impede que o Brasil aumente investimentos no setor produtivo para a economia voltar crescer e gerar emprego e renda, comprova mais uma vez que o BC não está a serviço dos interesses do povo, mas sim dos banqueiros e dos super-ricos, os únicos beneficiados com a prática de juros elevadíssimos, porque aumentam seus ganhos com a especulação em títulos públicos, a despeito do aumento da miséria e do endividamento das famílias. "Com a manutenção da taxa Selic na última reunião do Copom, ficou claro que somente o Mercado financeiro ganha com esta 'independência do Banco Central', que são os rentistas e o sistema financeiro. A manutenção desta taxa de juros inviabiliza projetos de investimento e geração de emprego e renda. O Mercado, ou seja, os mais ricos e poderosos, continuam ganhando com especulação financeira em detrimento a produção. Precisamos e vamos furar esta bolha, com o apoio de toda a classe trabalhadora", explica o presidente do Sindicato dos Bancários de Ipatinga, Selim Antônio de Salles Oliveira.

A política de boicote à economia do país, exercida pelo BC, segue a linha da política desempenhada por Paulo Guedes, ex-ministro da Economia no governo Bolsonaro, que se valeu da alta do dólar frente ao real para valorizar seus milhões guardados em paraísos fiscais. Selim finaliza com um questionamento: "Na prática conseguimos vencer um governo bolsonarista, ultraliberal, mas não conseguimos nos desvencilhar democraticamente das armadilhas que nos foram impostas.
Independência do Banco Cntral interessa a quem?".

Repudiamos veementemente a política monetária praticada hoje pelo BC, que penaliza os mais pobres e o desenvolvimento industrial e não foi capaz de conter os níveis de inflação dentro das metas estipuladas nos últimos dois anos, isso porque a inflação registrada no período não tem relação com o consumo, mas sim com questões externas ao país, como conflito bélico entre Rússia e Ucrânia e as mudanças climáticas globais.

#JurosBaixosJá

Com informações: Contraf-CUT


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