Banco suspendeu auxílio-educação nas bases que não assinaram o ACT que prejudica os bancários
O Sindicato dos Bancários de Ipatinga promoveu, na tarde desta quinta-feira (06) uma ação em protesto e conscientização dos bancários sobre as manobras arbitrárias adotadas pelo Itaú em retaliação às bases que não aceitaram o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) proposto pelo banco, que traz diversos prejuízos para os trabalhadores. A mobilização aconteceu na agência do centro de Ipatinga.
“Além de tentar passar junto com o acordo medidas que prejudicam todos os seus funcionários, o Itaú agora cortou a bolsa auxílio-educação nas bases onde esse ACT foi rejeitado, com objetivo de penalizar os funcionários e tentar culpabilizar os sindicatos. Por isso estamos realizando esta ação hoje. Continuaremos lutando pelos direitos dos bancários”, explica o diretor de saúde, Deusdeth Amorim.
Até 2024, os sindicatos e o Itaú assinavam acordos específicos para regulamentar cada tema, como teletrabalho e bolsa auxílio-educação. O banco de horas, por sua vez, era regulamentado por acordo individual através de Grupos de Trabalho (GTs). No entanto, em dezembro do ano passado, o banco tentou impor um ACT que unificava todas estas questões, incluindo propostas ruins para os funcionários, como a validação de jornada.
“O auxílio-educação é muito importante, bem como a regulamentação do teletrabalho e as outras pautas propostas no ACT. Entretanto o documento proposto pelo Itaú abrange também a validação de jornada, o que dá abertura para o banco manter práticas desrespeitosas com os funcionários, além de atrelar pontos de organização interna das agências sob responsabilidade do Sindicato, o que é inviável, pois não temos este tipo de controle”, esclarece o diretor.
Novas negociações
A Fetrafi-MG, juntamente à Fetec-PR e à Fetec-CN, enviou um ofício ao Itaú, na última segunda-feira (3) solicitando a abertura de negociações sobre a proposta do ACT.
A solicitação de diálogo com o banco visa a manutenção dos direitos das funcionárias e funcionários, com a volta do pagamento da bolsa auxílio-educação para as bancárias e os bancários.