A Lei Maria da Penha é um marco fundamental na luta e defesa das mulheres. Porém os índices de violência e misoginia contra as mulheres têm aumentado exponencialmente a cada dia. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelaram que em 2024 o país registrou 1.492 feminicídios, número que equivale a uma média de quatro mortes por dia. De acordo com a publicação, essa é a maior taxa desde 2015, quando a legislação brasileira passou a tipificar o crime com a Lei 13.104/2015.
As notícias e relatos de mulheres agredidas são chocantes: há espectadores ao redor, mas nenhuma ajuda, ou quando recebem alguma atenção, isso só acontece após a agressão.
A ideia que fica é que as mulheres estão sozinhas. Mas não é bem assim. O movimento sindical também trabalha combatendo e prevenindo as diversas violências pelas quais as mulheres têm passado, dentro e fora do ambiente de trabalho.
O diretor de Saúde do Sindicato, Deusdeth Amorim, comemora a união da categoria ao longo dos anos. “Lutamos juntos em várias campanhas, com forte mobilização da categoria. Por isso hoje podemos celebrar várias conquistas alcançadas e direitos que agora estão garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho.”
Entre eles vale destacar:
Cláusulas 87 a 97 – Assédio Moral, Sexual e Outras Formas de Violência no Trabalho: trazem iniciativas de prevenção; canais de denúncia a serem disponibilizados pelo bancos e também o “Projeto Basta! Não Irão Nos Calar”, iniciativa da Contraf-CUT que visa combater a violência doméstica e familiar contra mulheres, especialmente as do setor financeiro.
Cláusulas 117 a 129 – Prevenção à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher Bancária e na Sociedade: levam importantes informações e esclarecimentos sobre os tipos de violência; criação de canal de apoio, para acolhimento; bem como outras medidas como realocação, entre outras.
Cláusulas 98 a 103 – Mulheres na Tecnologia: incentivo à ocupação de mais mulheres em cargos ligados à TI (Tecnologia da Informação); bem como oferta de diversos cursos profissionalizantes.
Não se cale. Denuncie!
Ligue 180
E se precisar, procure o Sindicato. Você não está sozinha.
