Os bancários do Bradesco em todo o país aprovaram, em assembleia virtual realizada na sexta-feira (14), a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) referente ao Sistema de Registro Eletrônico de Jornada. A votação on-line foi realizada de 9h às 18h, com 116 sindicatos participando por meio da plataforma Votabem. Destes, 114 aprovaram a proposta.
Na base do Sindicato dos Bancários de Ipatinga, a aprovação alcançou 93,33%. Para o diretor Jurídico do Sindicato e coordenador da COE-MG, José Carlos Bragança, o resultado reafirma a importância da transparência no controle da jornada.
“As mudanças aprovadas configuram mais uma vitória dos trabalhadores, garantindo mecanismos mais claros e seguros para o empregado acompanhar o próprio registro de ponto. A expectativa é que as melhorias ampliem a transparência e assegurem o registro real das horas trabalhadas”, destaca Bragança.
O ACT aprovado mantém o sistema de ponto eletrônico já utilizado atualmente, mas inicia uma fase de evolução tecnológica que será implementada entre 2025 e 2027. A principal mudança será a migração gradual do registro – hoje feito no relógio de parede – para o computador do trabalhador, tanto nas agências quanto nos departamentos.
Novidades previstas na transição tecnológica
* Mensageria: avisos na tela para alertar o empregado sobre o término da jornada ou início de hora extra, entre outras situações.
* Trava-tela: bloqueio automático da estação de trabalho em caso de irregularidades na marcação, impedindo o trabalho até a regularização.
O acordo não prevê uso de celular, geolocalização ou qualquer forma adicional de monitoramento. Todas as mudanças foram apresentadas pelo banco à Comissão de Organização dos Empregados (COE), com cronograma definido para implementação nacional.
Os representantes dos trabalhadores reforçam que não houve aprovação de nenhum item relacionado a banco de horas ou não pagamento de horas extras. O acordo mantém todas as garantias já conquistadas pelos bancários, incorporando apenas melhorias construídas ao longo dos anos pelo movimento sindical — entre elas, a migração para o registro diretamente na estação de trabalho, com travas que aumentam a segurança e a transparência.





